quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Guarany de Bagé é Campeão Citadino

Bosco
A TAÇA: empresário Antônio Ferreira entregou ao capitão Edinho o troféu Jornal MINUANO/AP Esportes
 

O Ba-Gua 404, realizado ontem à tarde, no estádio “Antônio Magalhães Rossell”, terminou empatado em um gol, resultado que deu ao Guarany o título citadino da temporada, feito que os alvirrubros não comemoravam desde o distante ano de 1970. No final, vibração intensa de dirigentes, comissão técnica, jogadores e torcedores, todos dedicando a conquista ao ex-presidente José Oscar Segredo, falecido recentemente. Aliás, no primeiro tempo, o Guarany jogou com camisas pretas, tendo, nas costas, o nome do homenageado. No intervalo, as camisetas foram entregues pelos jogadores à viúva de Segredo, dona Magda. O título foi merecido pela melhor campanha alvirrubra, duas vitórias, um empate e uma derrota. O Bagé foi heróico, lutando até o final, mesmo com dois jogadores a menos.
O jogo teve um ritmo trepidante e, em certos momentos, mesmo violento no primeiro tempo. No primeiro lance mais agudo, aos 15 minutos, o Bagé abriu o escore por Dieisson, chutando na saída de Sandro, depois de uma jogada errada da defensiva do Guarany. Os cartões amarelos se sucediam de parte a parte. Aos 19 minutos, Edinho ficou livre na área e chutou para defesa difícil de Fernando Costa. Aos 22, Michel Lugo entrou na área e concluiu com precisão, estabelecendo o 1x1. Asos 28 minutos, Castillo quase marcou, com a bola rente ao travessão. Aos 30 minutos, ousada substituição do treinador Edson Machado, tirando Aládio, recuando Luciano Ritta para a zaga e promovendo a entrada de Geovani. Aos 36, Edinho quase desempatou, com a bola raspando a trave. Aos 38 minutos, Ronaldo, que havia sido penalizado com cartão amarelo logo aos dois minutos, acabou sendo expulso. Logo depois, Ilson atingiu Geovani, estabelecendo-se confusão em campo. O árbitro Anderson Echevarria acabou alertado pelo assistente Artur Virgílio Brasil e acabou expulsando o jogador alvirrubro. Aos 45, boa chance do Bagé, com o chute de Evandro levando perigo à meta de Sandro. No minuto seguinte, Michel Lugo chutou forte, Fernando Costa defendeu. 
Na etapa final, aos 10 minutos, Geovani, sangrando, deixou o gramado, substituído por Enzo. Três minutos depois, Luciano Ritta, que levara amarelo no primeiro tempo, foi expulso de reclamação, aumentando as dificuldades jalde-negras. Aí, o jogo se tornou feio, com chutões de parte a parte, até que, aos 20 minutos, o Bagé sofria a terceira expulsão, a de Dieisson, por atingir Émerson Dantas num lance simples, o que pareceu ser o grande erro da arbitragem, na medida em que o jogador não havia sido penalizado com cartão amarelo. O Bagé tentava os lances longos para Enzo e Jéferson, o Guarany buscava explorar o contra-ataque. A 40 minutos, jogada pessoal de Michel Lugo, o passe para Tiago Saraçol, que, livre na pequena área, chutou para fora. Aos 45 minutos, o último grande lance do clássico. Enzo entrou pela esquerda e chutou forte, obrigando o goleiro Sandro a uma defesa espetacular, que acabaria por garantir o título ao Guarany.
Bicudo, Darzoni, Dantas e, principalmente, Michel Lugo, as principais expressões alvirrubras. Leandro Magrão, Evandro e Jéferson, destaques jalde-negros.
O árbitro começou muito cedo a aplicação de cartões amarelos e isto tornou o jogo muito tenso, e as expulsões, decorrência natural do nervosismo dos jogadores. Errou na expulsão de Dieisson, mas, tecnicamente, não teve uma falha de maior monta. Os assistentes estiveram em bom nível.


Jornal Minuano

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